sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Informática para Maturidade


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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Estudo sugere possibilidade de estabilizar Alzheimer




Portadores do mal de Alzheimer que receberam um medicamento já em uso para tratar doenças autoimunes viram a doença se estabilizar, segundo pequeno estudo apresentado numa conferência esta semana.
Os participantes receberam o composto – conhecido como Ig intravenoso, cuja sigla em inglês é IVIg – durante três anos. Nesse período, eles não demonstraram sinais de agravamento de perdas cognitivas e de memória. Embora o estudo seja de pequenas proporções, ele dá esperança de que essa doença devastadora possa ser parada ou desacelerada em humanos.
O trabalho foi apresentado na semana passada na Conferência da Associação Internacional de Alzheimer de 2012, na cidade canadense de Vancouver, por Norman Relkin, neurologista do Centro Médico Weill Cornell.
O mal de Alzheimer é a sexta maior causa de mortes nos Estados Unidos; cerca de trinta e cinco milhões de pessoas têm hoje essa doença, um número que se espera que aumente muito nas próximas décadas. Sua base biológica não é bem compreendida, mas pesquisadores suspeitam que um depósito de placas no cérebro causado por agregados de uma proteína chamada beta-amiloide ou de outra chamada tau (ou talvez de ambas) contribui com a morte de neurônios constatada naqueles que desenvolvem a doença.

Hoje os pacientes não têm opções de tratamento para a prevenção e nem mesmo para reduzir a velocidade do Alzheimer. Alguns medicamentos estão disponíveis para tratar sintomas, mas seus efeitos benéficos são apenas temporários. O anúncio dessa semana fornece um lampejo de esperança de que mais opções estejam a caminho.
'O estudo sugere que você pode talvez parar ou refrear o mal de Alzheimer', diz Kun Ping Lu, cientista da Faculdade de Medicina de Harvard, que estuda a doença. 'Ele sugere pela primeira vez num teste com humanos que essa doença pode ser parada se conseguirmos descobrir um modo de identificá-la cedo.'
Uma das razões para o Alzheimer ser tão difícil de tratar é que os sintomas levam muito tempo para aparecer. 'Os especialistas concordam que o Alzheimer leva mais de uma década para se desenvolver e, quando seu cérebro finalmente se danifica, é muito difícil reverter o quadro', explica Lu. 'Se formos tratar o mal de Alzheimer, temos de descobrir o quanto antes quais pacientes vão desenvolvê-lo.'

Os diagnósticos mais recentes envolvem o monitoramento de exames cerebrais e de biomarcadores no líquor para prever o acometimento da doença anos antes de que ela tenha efeito, assim como observar sintomas clínicos através de testes de mobilidade e memória. E pesquisas recentes sugerem que os primeiros sinais de Alzheimer podem ser detectados até décadas antes de que os sintomas apareçam.
Todos os participantes do estudo tinham mal de Alzheimer entre leve e moderado. Apenas quatro receberam a dose ideal de IVIg durante três anos. Esses pacientes não apresentaram nenhum declínio de seu estado inicial em termos de cognição, memória, funcionamento cotidiano ou humor – todos eles efeitos esperados da doença. Pacientes que inicialmente receberam um placebo mas depois mudaram para o tratamento com IVIg pioraram mais lentamente enquanto receberam o medicamento.
O IVIg, vendido pela empresa farmacêutica Baxter entre outras, contém uma mistura de anticorpos isolados do plasma doado por pessoas saudáveis. Supõe-se que esse subproduto sanguíneo contenha anticorpos dos doadores saudáveis que atacaram as proteínas prejudicadas dos pacientes de Alzheimer.



Caso o produto apresente eficácia num teste com trezentos e sessenta participantes que está sendo realizado agora, será difícil dar conta da demanda pelo tratamento. Duas semanas de tratamento com esse remédio custam entre três mil e cinco mil dólares. No entanto, Dean Hartley, diretor de iniciativas científicas da Associação de Alzheimer, afirma que, se o tratamento se provar eficaz em testes mais amplos, os resultados positivos deverão ser acompanhados por um salto na produção. Ele também espera que tais resultados inspirem um número maior de estudos científicos voltados à identificação dos ingredientes funcionais nessa fórmula imune, de modo que outros possam desenvolver uma formulação sintética.
'Realmente espero que isso funcione, porque dá uma boa plataforma para começarmos a descobrir quais componentes há lá dentro', diz Hartley. 'O que é que tem no IVIg – são os anticorpos seletivos contra a beta-amiloide, contra a tau, ou será outra coisa?'
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