quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Governo cria cota para idosos no Minha Casa, Minha Vida


Idosos e deficientes físicos (ou famílias que façam parte do cadastro para pessoas com deficiência) terão cota garantida no programa Minha Casa, Minha Vida. As novas regras foram publicadas pelo Ministério das Cidades no "Diário Oficial da União" de ontem e garantem 3% dos imóveis para cada grupo. A parcela se refere aos imóveis mais populares, destinados à população com renda familiar de até R$ 1.600.

Para as outras faixas de renda beneficiadas pelo Minha Casa, Minha Vida (renda familiar mensal de R$ 1.600 até R$ 3.100 e deste valor até R$ 5.000) não há reserva de imóveis prevista para deficientes (ou suas famílias) e idosos.

A seleção dos beneficiários é de responsabilidade dos municípios, que irão estabelecer os critérios por meio de decreto. As normas terão que ser aprovadas e ratificados pelos conselhos municipais, estaduais ou distritais.

A construção de imóveis para faixa de renda de até R$ 1.600 é a mais atrasada do programa. Em Belo Horizonte, por exemplo, a escassez de terrenos e o alto preço das áreas ainda disponíveis praticamente inviabilizam as construções para essa população. A intenção do governo federal é intensificar as construções para essa faixa de renda. No início do mês, a presidente Dilma Rousseff disse que, a partir de 2012, 60% das moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida serão destinadas a famílias de baixa renda. A previsão do governo é que 1,2 milhão de unidades sejam entregues a essa faixa da população brasileira até 2014.

Balanço. O Minha Casa, Minha Vida foi lançado em 2009 com a meta de construir 1 milhão de moradias. De acordo com o governo federal, a meta foi batida e, até 2014, o novo desafio é construir 2 milhões de unidades com investimento de R$ 125,7 bilhões. De acordo com balanço do governo federal, em 2011 foram assinados 354 mil contratos para a construção de moradias e as obras geraram cerca de 310 mil postos de trabalho.

Cada faixa de renda beneficiada tem regras e valores de imóveis próprios. Neste ano, o governo aumentou o valor máximo do imóvel que pode ser financiado pelo programa. Em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília o teto é de R$ 170 mil. Em Belo Horizonte, nas outras capitais do país e em cidades com mais de 1 milhão de habitantes, o valor foi fixado em R$ 150 mil. As construtoras da capital mineira queriam que o preço na cidade fosse equiparado ao do Rio de Janeiro e São Paulo.

Fonte: O Tempo

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Alimentação saudável para idosos



O grupo de pessoas com mais de 50 anos podem ser divididas em 3 grandes grupos: acima da meia idade (de 50 a 65); os jovens idosos (65 a 74) e os idosos (acima de 75).
Esta secção refere-se às necessidades nutricionais dos jovens idosos e dos idosos. O grupo considerado como “acima da idade média” insere-se na secção Alimentação Saudável na idade Adulta.
Os jovens idosos podem ainda ter cerca de 20 anos activos à sua frente, por isso manter-se em forma e saudável é o objectivo principal na alimentação. Os idosos são mais susceptíveis de desenvolverem doenças crónicas, o que significará um maior apoio. Este grupo é o que apresenta uma maior taxa de crescimento na sociedade e tem necessidades nutricionais muito específicas.
Contudo, os conselhos nutricionais devem ser baseados nas características individuais do idoso, e não na sua idade cronológica.

Necessidades Nutricionais

Os requisitos energéticos do organismo diminuem com a idade, particularmente se a actividade física é limitada. Contudo, o corpo continua a precisar da mesmas quantidades de proteínas, vitaminas e minerais, por isso é fundamental que os alimentos sejam densos e ricos do ponto de vista nutricional.

Gordura

Restringir a ingestão de gorduras, em especial gorduras saturadas (gorduras de origem animal) de modo a manter a saúde cardiovascular, continua a ser um excelente conselho para idosos que estão bem e em forma. Acima dos 75 anos de idade, a restrição de gorduras não é aconselhada da mesma forma. A restrição de gorduras não é definitivamente aconselhada para aqueles que são frágeis, sofreram uma quebra de peso, ou têm fraco apetite. De facto, nestas situações, gordura adicional pode ser usada para aumentar as calorias nas refeições de modo a ganhar algum peso.

Fibras

Muitos idosos sofrem de obstipação e outros problemas intestinais. Para ajudar a minimizar estes problemas, o consumo de cereais, frutas e legumes deve ser encorajado, mas a ingestão exagerada de fibras não é a resposta, já que podem interferir com a absorção de outros nutrientes essenciais. Para ajudar os intestinos a funcionarem normalmente, é também muito importante beber bastantes líquidos, aproximadamente 6 copos por dia.

Fonte: http://www.sitemedico.com.br/sm/materias/index.php?cat=22

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Reclusão pode causar depressão em idosos


Manter a vitalidade e a disposição para as atividades do dia a dia é fundamental para que o idoso não se sinta isolado e deprimido.
Para aqueles que têm como agravante doenças crônicas como a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) - problema que limita hábitos rotineiros como subir escadas, tomar banho sozinho a até falar - , ter o apoio da família e acompanhamento psicológico, somado ao tratamento adequado, é imprescindível.
Causada pela inalação de substâncias químicas, principalmente as do cigarro, a DPOC se manifesta principalmente em fumantes ou ex-fumantes acima de 40 anos. como a doença leva aproximadamente 17 anos para ser diagnosticada, é entre os idosos que ela se manifesta com mais frequência, sendo muitas vezes acompanhada de comorbidades como ansiedade, distúrbios do sono e depressão.
Segundo a pesquisa Revelar, cerca de 49% dos pacientes com DPOC apresentam depressão. O estudo, o único no Brasil que mapeou o perfil dos pacientes com a doença pulmonar obstrutiva crônica, foi feito com 229 pessoas com o diagnóstico confirmado da doença em quatro capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre).
A depressão foi apontada como um dos agravantes do DPOC, o que se deve ao fato de mais da metade dos pacientes entrevistados relatarem a necessidade de ajuda de terceiros para suas atividades rotineiras.
A pesquisa ainda apontou que 90% dos entrevistados vivem reclusos, realizando atividades de lazer somente em casa raramente tendo contato com o mundo exterior.

Fonte: Jornal O Debate - Edição  2505 - Dezembro 2011

Animais de estimação e os benefícios para saúde dos idosos



Embora os benefícios de ter um animal em casa sejam evidentes na terceira idade apenas 30% possuem a companhia de um animal de estimação. A convivência aumenta as interações sociais dos idosos, que ficam menos agitados e irritáveis, e a pressão arterial melhora. Este fato deve-se à conjugação de diversos fatores, entre eles a distração, a sensação de que há alguém que depende de si e a companhia amigável que faz esquecer os problemas.

Segundo César Ades, professor do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo (USP), a companhia de um animal de estimação pode fazer diferença para os idosos em relação à qualidade de vida e aos estímulos para exercícios, que ajudam a melhorar a saúde física. “Idosos que possuem cães e gatos sofrem menos de depressão, problemas relacionados à pressão sanguínea, frequência cardíaca e capacidade motora, sendo estas questões reflexos das atividades físicas realizadas ao passear ou brincar com seu animal de estimação”, explica o especialista.

O aumento do número de animais de estimação entre os idosos promoveria maior qualidade de vida para e poderia até minimizar os impactos de saúde pública, com a redução dos índices de abandono de animais. “Um cão e um gato adulto, geralmente os tipos de animais encontrados em casas de abrigo, se adequam melhor ao perfil dos idosos”, informa o presidente da Comac. Além disso, Eles também se adaptam melhor ao novo lar e não têm os mesmos hábitos que os filhotes, sendo mais disciplinados nas brincadeiras e nos comportamentos.
 
Fonte: Clube do Pet

Idoso precisa aumentar força e potência para permanecer independente


Ao pensar em capoeira jamais irá passar pela sua cabeça um grupo de idosos numa roda praticando a atividade. Mas esse e outros tipos de exercícios físicos como corridas, musculação e esportes são muito indicados para manter a saúde e melhorar a qualidade de vida dos idosos.
Mauro Porto da Rocha, o Mestre Maurão, coordenador da Associação de Capoeira Mandinga, comenta que os maiores benefícios da capoeira para os idosos são o fortalecimento da musculatura e o alto astral, a musicalidade da capoeira que tem influência positiva na qualidade de vida dos alunos.
A professora Lilian França Wallerstein, mestre em ciências pela USP e especialista em envelhecimento e exercício físico, comenta que o idoso não é mais ou menos beneficiado pelo exercício do que o não idoso. “Os benefícios são os mesmos, o que muda é a velocidade e a intensidade das melhoras”, explica Wallerstein, que trabalha com idosos desde 2003.
Tudo depende também da atividade. Ela comenta que “o exercício é capaz de melhorar entre outras coisas, a força muscular, o funcionamento cardíaco e pulmonar, os valores da pressão arterial, os níveis de colesterol, de glicemia, a qualidade do sono, enfim, é possível melhorar e muito a qualidade de vida praticando exercícios frequentemente”.


Livro infantil estimula convivência e respeito entre crianças e idosos


Crianças costumam ser apegadas aos avós, sobretudo se eles mantêm o clássico hábito de "estragar" os netos. Um tal de chocolate para cá, um jogo de videogame fora de hora para lá e casa dos avós vira o paraíso secreto dos pequenos.
Embora esse bom relacionamento seja quase uma regra, não se deve deixar de explicar às crianças quais os direitos dos idosos. Principalmente porque há adultos que não respeitam pessoas em idades já avançadas, sejam elas membros da família ou não.
"Gente de Muitos Anos", lançamento da editora Autêntica, explica de maneira leve quais os direitos dos idosos, como é natural envelhecer, e incentiva a proximidade entre crianças e idosos.
Escrito por Marlô Carvalho e ilustrado por Suzana Armani, o livro traz ilustrações tridimensionais e imagens moldadas com massa de modelar, que compõem uma sequência de cenas didáticas e divertidas para as crianças.
Ao final, a autora mostra informações sobre o Estatuto do Idoso, que assegura pela lei os direitos dos mais velhos. O livrinho é uma oportunidade sutil para estimular o respeito das crianças em relação aos idosos e ensinar os pequenos a conviver com as diferenças.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Depressão na Terceira Idade



Tem aumentado nos últimos anos, a depressão entre indivíduos com idade acima de 50 anos.

A vida moderna exclui o idoso do convívio familiar. Não se tem tempo para eles. Homens e mulheres cada vez mais envolvidos com o trabalho e as crianças com a agenda cada vez mais cheia, não conseguem dedicar um pouco do seu tempo para um pai, uma mãe, um avó ou avô.

Existem situações piores, quando o idoso mora sozinho, via de regra com apenas uma empregada como companhia. Nas camadas mais pobres a maioria das vezes nem esta companhia têm.

Sentimentos de abandono, tristeza, sensação de inutilidade, apatia, choro fácil, desesperança, são rotina de inúmeros idosos. Isto, aliado as enfermidades próprias da idade, como males de Alzheimer e Parkinson, diabete, esclerose múltipla, além das limitações de locomoção, dificuldade de concentração, memorização, baixa auditiva e visual, tornam a vida do idoso mais limitada. É preciso um esforço grande de sua parte e um apoio da família para que todos estes problemas sejam superados e ele mantenha uma qualidade de vida satisfatória.

A prevenção desta condição ruim de vida é feita desde muitos anos antes. Uma rotina de vida ativa, intelectual e física, aliada a um boa alimentação, é fundamental.

O idoso não pode se entregar a apatia. A aposentadoria não deve ser encarada como objetivo, muito menos como condição para que se pare de produzir.

Muito antes da aposentadoria se concretizar, o indivíduo tem que procurar começar a preencher seu tempo com um curso, com uma atividade paralela prazeirosa, principalmente que envolva a mente. Quantas pessoas se formam pela 1ª vez ou mesmo pela 2ª vez aos 70 anos. É hora de fazer "aquele" curso que sempre teve vontade mas faltou o oportunidade.

Desenvolver desde jovem várias opções de lazer é importante. Quanto mais hobies tiver, maior a possibilidade de distração. Grupos de trabalho, de pesca, são sempre divertidos.

Gosto pela leitura, culinária, trabalhos manuais, artesanatos em geral, cerâmica, pintura, por exemplo, é extremamente positivo.

A pessoa não pode entregar-se à tristeza. Deve procurar uma saída e seguir em frente.

Na maioria dos estados brasileiros existem programas para idosos: centros de convivência, com orientações de geniatras, nutricionistas, recreadores, etc, favorecem o conviver saudável e afastam a depressão.

Além de tudo citado acima, outras atitudes podem ajudar:

- Exercícios físicos (caminhadas, natação, hidroginastica, etc) são recomendáveis para a saúde do corpo e liberam a endorfinas, substâncias que estimulam o bom humor.

- Medicamentos para algumas doenças próprias da idade podem causar depressão. É importante conversar com o médico sobre esta possibilidade.

- Buscar a integração e a convivência com outras pessoas. Ficar em casa sem fazer nada é extremamente prejudicial.

Apesar de todos estes cuidados, a depressão poderá se instalar. Neste caso, não fugir do problema é fundamental. O médico deve ser procurado. Depressões leves podem ser tratadas apenas com terapias, já graves exigem o uso de medicamentos. Tanto num caso como no outro, somente um médico especializados está apto a ajudar.



" Cada um tem a idade do seu coração, da sua experiência, da sua fé." - George Sand

Aids e a Terceira Idade





Desde o início da epidemia, nos anos 80, a Aids exige dos governos competência para levar a mensagem do sexo seguro ao grupo aparentemente mais vulnerável. Foi assim com gays, prostitutas, usuários de drogas injetáveis, jovens heterossexuais e, mais recentemente, com mulheres casadas. Agora a doença avança sobre uma parcela da população fisicamente fragilizada e de abordagem mais complexa: os idosos. O número de casos confirmados de Aids com idade acima de 50 anos cresce no Brasil como em nenhuma outra faixa etária. Entre os homens, a expansão foi de 98% na última década. Sobre a parcela feminina idosa, a epidemia avança como um rolo compressor: houve um crescimento de 567% entre 1991 e 2001. Enquanto isso, as campanhas de prevenção são estreladas por celebridades quase adolescentes.
A concepção arraigada na sociedade de que sexo é prerrogativa da juventude contribui para manter desassistida essa parcela da população. Costuma ser implacável o julgamento dos filhos diante do diagnóstico de Aids no idoso: 'Foi pegar isso nessa idade?'. Alguns profissionais de saúde também expressam uma surpresa desconcertante: 'Foi transfusão de sangue, né?'.
Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, em janeiro, sobre o comportamento sexual dos brasileiros mostrou que 67% da população entre 50 e 59 anos se diz sexualmente ativa. No grupo acima de 60 anos, o índice também é expressivo: 39%. A média de relações na parcela acima de 50 anos é de 6,3 ao mês. A responsabilidade por isso se deve, em parte, à difusão dos remédios para disfunção erétil. 'A longevidade sexual da população está aumentando e a prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis precisa ser intensificada', comenta Alexandre Grangeiro, coordenador do Programa Nacional de DST/Aids.
Do total de casos confirmados de Aids no Brasil, 6% eram verificados em pessoas acima de 50 anos em 1991. Dez anos depois (última data com dados completos disponíveis), o índice havia subido para 11%. Nos Estados Unidos, o cenário é o mesmo. Os casos de Aids na população acima de 50 anos quintuplicaram na última década. 'As autoridades tentam amenizar os fatos, mas o problema é concreto e alarmante', diz o médico Alberto de Macedo Soares, presidente da seção paulista da Sociedade Brasileira de Geriatria. 'É preciso desmistificar a idéia de que só jovem pega o HIV.'

Benefícios do animal de estimação para os idosos



A companhia dos animais oferece uma alternativa proteger as pessoas dos estados de solidão.

Em alguns casos substituem os filhos que cresceram e se tornaram independentes; em outros, proporcionam inúmeras oportunidades para fazer novos amigos. No parque por exemplo ou mesmo na rua quando os animais se socializam ou quando alguem acha o seu cachorrinho um mimo , a oportunidade de entabular uma conserva ou de fazer novo conhecido ou amigo é muito grande.

- Os animais pela sua expontaneidade permitem-nos grandes risadas e aumentam a nossa atividade física, assim como o nosso exercício muscular. Na caminhada com eles, no cuidar e tratar alimentando ou trocando a água.

- Permite principalmente aos idosos serem independentes sem se sentirem sozinhos.

- Otimizam o atendimento e a percepção, melhoram na comunicação verbal e aumentam as expressões faciais positivas.

- Estimula os sentidos da visão, olfato, audição e tato.

- Atende a necessidade de tocar e serem tocados. Idosos em instituições de repouso usam o gato para tocar e ser tocado pois este animalzinho também gosta do toque e o mais interessante é que esta provado que acariciar um gato diminui a pressão arterial, é calmante e relaxante.
- Os idosos se sentem úteis por terem alguém para cuidar.

Também animais domésticos de estimação trazem benefícios para a saúde mental:

- Em adultos com depressão, diminui o número de suicídios e o tempo internado em hospitais psiquiátricos.

- Em relação aos adultos com retardo mental, observa-se um aumento do vocabulário oral compreensível, uma comunicação não-verbal mais rica e maior motivação.

Atualmente, existem instituições que protegem os animais de rua, onde se pode adotar um animal de estimação vermifugados e limpos, proporcionando um lar e, o que é mais importante, dando a oportunidade de compartilhar com eles parte da sua vida.

Dra Odilza Vital é médica endocrinologista, geriatra e estéta. http://www.odilzavital.com/


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Idoso deve manter a forma muscular para evitar doenças



Uma alimentação saudável associada à prática regular de exercícios físicos trazem benefícios para qualquer idade ao longo de toda a vida. Mas estas vantagens em idosos são redobradas se multiplicando, já que atitudes como estas retardam a perda de massa muscular e contribuem na prevenção de doenças.
A perda de massa muscular, em pessoas de todas as faixas etárias, resulta não só em flacidez, mas também causa insegurança para caminhar, quedas e até dificuldades para respirar ou tossir. O indivíduo idoso ficará mais propenso ainda a desenvolver infecções nas vias aéreas, explica a endocrinologista Ellen Paiva. É fundamental ter uma alimentação adequada e praticar atividades físicas para que seja possível preservar a musculatura na terceira idade, afirma a médica.

Vantagens e desvantagens do trabalho na terceira idade


Aposentados que retornam à ativa ou idosos que nunca pararam de trabalhar. Saiba quais são as vantagens e desvantagens que o mercado oferece para os mais experientes


Recentemente, uma medida colocou os idosos em destaque. O presidente Lula sancionou, em junho, o reajuste de 7,7% aos aposentados que ganham acima de um salário mínimo. Em um país onde o contingente de pessoas com mais de 60 anos – considerado idoso pelo Estatuto do Idoso – somava cerca de 21 milhões até 2008, superando índices europeus, é normal que se pense nas condições de vida da população mais velha. Mais numerosos nas ruas, os idosos também passaram a assumir um espaço maior no mercado de trabalho. De acordo com tabela fornecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, em 2006, as pessoas ocupadas com mais de 65 anos somavam 3.160 milhões. Em 2008, o número cresceu para 3. 317 milhões.
“Quando o aposentado entra novamente no mercado, ele tem a possibilidade de interagir e participar da vida social. Ele sai das condições de isolamento a que se submetia e tem a oportunidade de convívio com pessoas de outras idades”, afirma Maria Angélica Sanchez, presidente do departamento de gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
Para a psicóloga e professora da PUC-RS Irani Argimon, o aumento da auto-estima é uma das maiores vantagens para o idoso, que às vezes prefere nem se aposentar, seguindo no mercado de trabalho. “Sentir-se valorizado e ainda capaz reforça os seus relacionamentos familiares e sociais e consequentemente os do trabalho.”
Segundo Irani, um dos motivos que levam à volta ou à continuação no trabalho é a questão financeira, “visto que a aposentadoria rebaixa em muito a qualidade de vida do idoso. Outra questão são as possibilidades tanto cognitivas quanto emocionais de continuar uma jornada de trabalho por mais alguns anos.”
A possibilidade de o idoso ser parte significativa da força de trabalho foi constatada por uma pesquisa realizada no fim de 2009 pelo banco HSBC e pelo instituto Oxford Institute of Ageing. O estudo foi feito em 21 países, dentre eles o Brasil, e mostrou que a saúde em boas condições e a prontidão para novos desafios fizeram os idosos se tornarem fontes de sustento para suas famílias.
Segundo Maria Angélica, o trabalho na terceira idade também envolve desvantagens para o idoso. “A partir do momento que o trabalho torna-se obrigatório, por motivos financeiros, a responsabilidade do idoso chefe de família cresce. Não raro, filhos, com seus filhos, após descasamentos, migram para a casa dos pais. Isto faz com que a renda do idoso seja fundamental no orçamento mensal. Há, então, uma sobrecarga sobre o aposentado”, explica.
Para Irani, não há desvantagens. “O que pode acontecer é que, frente às novas tecnologias, a pessoa pode assustar-se e se sentir impotente em administrar esta velocidade, mas nada que não possa ser resolvido com um treinamento”, conclui.
Além de lojas e supermercados, os idosos são uma mão-de-obra crescente no setor de turismo, onde costumam ser requisitados para atender clientes da mesma faixa etária. Para a professora Sarah Harper, diretora do Oxford Institute, a contribuição dos idosos para a economia vai além dos contracheques que recebem, seja como trabalhadores da ativa, seja como aposentados.

Passado inglório

Há 21 anos, especialistas temiam que aposentadoria fosse sinônimo de pobreza. Depois da promulgação da Constituição de 1988, o cenário começou a melhorar. A lei estendeu a aposentadoria também aos trabalhadores rurais, mesmo que não tivessem contribuído. Além disso, os idosos pobres, mesmo que não tivessem contribuído, passaram a receber um salário mínimo.
Atualmente, a situação do idoso está melhor. Setenta e seis por cento recebem algum tipo de transferência do governo, tendo contribuído ou não. Na América Latina, o Brasil é o país com maior cobertura previdenciária.

Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/brasil/vantagens-e-desvantagens-do-trabalho-na-terceira-idade/

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Evite fraudes em operações de crédito consignado



A terceira idade é a maior vítima de golpes em operações de empréstimo consignado. Saiba como evitar fraudes dessa natureza em seu benefício


O crédito consignado, também conhecido como empréstimo com desconto em folha, tem tirado muita gente endividada do sufoco. Como as taxas de juros são mais baixas, vários brasileiros recorrem a essa modalidade de crédito em momentos de dificuldades e mesmo na realização de desejos adiados por falta de dinheiro disponível.

Apesar dos benefícios do empréstimo consignado, muitas pessoas têm sido vítimas de operações fraudulentas de financeiras e correspondentes não regulamentados que agem de má fé. Os aposentados e pensionistas do INSS são alvos cada vez mais visados desses golpistas. 11 milhões de brasileiros com idade superior a 55 anos e renda a partir de R$ 1.000,00 convivem com o risco de perder boa parte do benefício em decorrência de descontos de empréstimos realizados sem o seu consentimento.

É fundamental, portanto, ter alguns cuidados para evitar golpes em operações de crédito consignado. Muitos golpes começam com uma ligação telefônica. O golpista consegue o número do telefone do aposentado e conta uma história para ludibriar o segurado. Jamais informe suas senhas e informações pessoais nessas conversas.

Para evitar golpes de empréstimos realizados sem o seu interesse, a minha sugestão é que você faça um acompanhamento regular de seu benefício. Caso desconfie que seja vítima de alguma operação suspeita, imprima um extrato através do site da Previdência Social e compareça a um dos postos do INSS para solicitar os valores descontados e descobrir a procedência dos descontos indevidos.

É direito seu ir até o banco ou financeira para comprovar que aquela assinatura não é sua. Você também pode formalizar a denúncia e é seu dever como cidadão fazê-lo. É só você ligar para a central do INSS, o número é 135.

O segurado também pode, por motivo de segurança, pedir para bloquear operações de crédito consignado em seu benefício. Caso precise de um empréstimo futuramente, o desbloqueio poderá ser feito a qualquer momento.

Devido aos constantes golpes em operações de empréstimo consignado, o Ministério da Previdência já afirmou que desenvolverá campanhas de alerta aos idosos. A Previdência Social disponibiliza em seu site (você poderá conferir o link logo abaixo) a regulamentação de operações de crédito com desconto em folha.

O empréstimo consignado, como já afirmei, é um instrumento benéfico em momentos de dificuldades financeiras e mesmo para a realização de projetos pessoais. Entretanto, é fundamental ter cautela na hora de solicitá-lo. Pesquise taxas de juros e escolha uma instituição financeira idônea. Essas são alternativas simples para evitar problemas futuros e garantir a sua segurança econômica.


Fonte: http://www.portalterceiraidade.com.br/dialogo_aberto/cidadania/banco_intermedium/index.htm

Idosos são as principais vítimas dos bandidos nas agências bancárias


Para assistir a reportagem, clique no link abaixo:

http://g1.globo.com/videos/jornal-hoje/v/idosos-sao-as-principais-vitimas-dos-bandidos-nas-agencias-bancarias/1714367/

Aprenda a identificar maus tratos nos idosos



Infelizmente, nossos idosos sofrem maus tratos das mais diversas formas e, muitas vezes, as famílias e os profissionais de saúde não se conscientizam ou não percebem. Colocarei para nosso internautas uma série de dicas de como identificar sinais de maus tratos e violências contra idosos.
Sinais de Alerta de maus tratos em idosos:
  1. hematomas na pele, olhos roxos, ferimentos inexplicados
  2. quedas frequentes
  3. recusa do cuidador em deixar o idoso sozinho com outras pessoas
  4. procura de serviços de emergência com frequência
  5. perda de peso e sinais de denutrição
  6. óculos quebrados com frequência
  7. troca frequente de médicos
  8. roupas sujas, rasgadas e aparência de descuido
  9. escaras de decúbito em muitos lugares do corpo, com sinais de pouco tratamento
  10. sinais de sonolência excessiva por uso de medicamentos sedativos
  11. alterações de comportamento repentinas pelo idoso, principalmente perante estranhos
  12. idoso confuso, mas que família ou cuidador alega estar “esclerosado”
  13. doenças facilmente controláveis, mas que não melhoram por falta de tratamento adequado
  14. Finalmente, para os profissionais de saúde que trabalham em emergência: sempre pensar e desconfiar de situações onde idosos se “acidentam” dentro do próprio domicílio.

Psicólogo na ILPI: para quê?



O psicólogo é um profissional que normalmente consta no quadro de funcionários das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), porém qual é a sua função? É fácil compreender que cabe ao nutricionista a elaboração do cardápio dos residentes (dentre outras funções), ao enfermeiro o cuidado geral do paciente (banho, curativos, administração da medicação, dentre outras funções), ao fisioterapeuta a realização de intervenções que busquem a melhora na locomoção, o alívio de dores e o aprimoramento das funções respiratórias (dentre outras atividades). O psicólogo também possui suas funções, as quais serão explicadas a seguir.
É comum pensar no psicólogo como aquele profissional que realiza psicoterapia que, segundo o dicionário Michaelis, é um “tratamento por métodos psicológicos. Conjunto das técnicas que visam ao tratamento das moléstias mentais por persuasão, sugestão, psicanálise, atividades lúdicas ou de trabalho.” Ou seja, o profissional que, através da fala, faz um tratamento relativo às questões psicológicas do paciente. O idoso institucionalizado pode necessitar deste tipo de tratamento, porém o trabalho do psicólogo nesta instituição não se resume a isto.
Um idoso que reside numa instituição de longa permanência pode necessitar da escuta terapêutica, por uma série de motivos pessoais, porém, esta demanda de ajuda deve partir do idoso: não se deve obrigar todos os internos a fazerem psicoterapia individual, visto que esta prática pode não surtir efeitos, ou mesmo ser negativa, caso o idoso não sinta a necessidade de ser ouvido e ajudado. Forçá-lo a “se abrir” pode parecer para ele uma invasão de privacidade.
É importante que o profissional da psicologia realize trabalhos com grupos de idosos, ao invés de enfocar apenas o trabalho individual. Em grupos é possível trabalhar a socialização, promover atividades, trabalhar com o debate de questões psicossociais comuns a esta etapa da vida. O psicólogo deve ter o cuidado e trabalhar temas que sejam do interesse dos idosos e desenvolver atividades que eles consideram prazerosas, sem obrigá-los a participar de tudo.
O Psicólogo também deve ter condições de avaliar o estado cognitivo do idoso periodicamente, utilizando instrumentos que avaliam memória, atenção, linguagem e outros domínios que podem apresentar alterações no processo de envelhecimento, para assim detectar se estas alterações são patológicas ou não. Ainda na mesma linha, não basta apenas avaliar, ele precisa, com os recursos disponíveis na instituição, arrumar meios para promover a estimulação cognitiva do idoso, ou seja, desenvolver atividades que sejam prazerosas e que estimulem a memória, a atenção, a linguagem, o raciocínio, a criatividade, dentre outras funções.
Os familiares também precisam de uma atenção por parte do psicólogo. Este profissional deve estar disponível para receber os familiares do idoso institucionalizado, estando pronto a ouvir o que os mesmos têm a dizer acerca do idoso. O profissional pode, por exemplo, no momento da admissão do idoso na instituição, auxiliar os familiares (normalmente os filhos) a lidar com a culpa de terem tomado esta decisão. Posteriormente, pode informá-los acerca do estado do idoso, reforçar sobre a importância de se manter os vínculos familiares, além de orientá-los sobre como proceder durante as visitas, se é válido levar o idoso para passar os finais de semana em casa, esclarecer sobre o processo de adaptação, ouvi-los e orientá-los nas questões que poderão surgir durante a permanência do idoso na instituição.
Tendo tudo isto em vista, fica claro que, inclusive nas ILPIs, o psicólogo é um profissional compromissado com a prevenção, a promoção da saúde do idoso, o tratamento de suas enfermidades e sua reabilitação, quando esta se faz possível. Importante destacar que o trabalho do psicólogo neste contexto não visa apenas o individual, mas também o grupo, assim como seu objeto de intervenção não é apenas o idoso, mas também a família.

Fonte: http://www.cuidardeidosos.com.br/psicologo-na-ilpi-pra-que/

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O idoso e a família



A importância da família na vida do idoso começa desde a sua infância e adolescência, onde existe a proteção, o carinho e a educação. Continua com o apoio em diversos momentos da vida, na formação, no equilíbrio afetivo e no desenvolvimento físico e social. É através deste habitat que o ser humano cresce e se desenvolve, atingindo a vida adulta, onde sai do ninho para construir a sua própria família.
Família esta que é adicionada por pais maternos e paternos, avós e tios…, onde encontramos pessoas com idade maior de 60, 70, 80 e até 90 anos, as quais podem apresentar-se independentes ou não, com autonomia ou acamadas, com quadros de demência ou ainda gestores financeiros para a nova família. Nossa, quantas mudanças na vida de um ser humano, mudanças na qualidade de vida, na afetividade, nos novos relacionamentos e na própria construção do novo seio familiar.
Dentro da família a pessoa é vista por ser ela mesma,independente da utilidade econômica, política ou social, ela é única, sem máscaras, na sua intimidade, faz parte da família sempre.
O idoso é visto como o principal membro da comunidade familiar, pois ele representa uma história de vida, a história daquela família, como se codificasse um gene, a biografia.
É na família que o idoso necessita de cuidados, apresenta as suas manias e acaba por envolver a família em torno de si, leva os mais jovens a olhar não só para si como também para tudo a sua volta. É neste momento que observamos o carinho dos netos ou mesmo de um filho para a sua avó querida.
E a família pode vir a se deparar com o idoso sadio ou com o idoso doente, onde existe um acometimento de alguns órgão e que acabam por levar o idoso a um grau de dependência , onde o apoio familiar é de suma importância.
É indispensável para a família saber de tudo que se passa com os seus familiares, principalmente quando este é idoso e esta com algumas doenças, utilizando muitas medicações e com alteração nas atividades de vida diária. É no seio familiar que são decididos como o idoso vai ser cuidado e quem irá ser o responsável, aquele que não só vai cuidar como também vai reportar o quadro para todos os familiares. É através do convívio familiar que muitas doenças são relatas, quando bem observados os costumes e o dia a dia do idoso. Por exemplo quando ele fica confuso, com febre e o cuidador leva ao hospital e o paciente apresenta um quadro de infecção urinária e depois de medicado melhora e para os sintomas. Nesse caso não é o paciente que relata e sim o familiar.
Porém nem todo idoso se adapta facilmente a um quadro que leve a mudança no ambiente , onde as alterações podem levar incapacidade de aceitar uma situação, como por exemplo na viuvez em que além das alterações psíquicas existe as alterações financeiras, mudança para morar com um outro filho, perda de sua individualidade e algumas vezes o sentimento de inutilidade e de peso para o familiar.
A aposentadoria, as perdas funcionais e sociais levam muitas vezes o idoso a um quadro depressivo, onde a sua baixa auto estima acaba por desestruturar ele próprio e a família.
E agora, o que fazemos quando a estrutura familiar esta comprometida, como devemos ajudar e como devemos orientar sem sermos vistos como profissionais que querem mudar o estilo da vida de uma família. Orientar de maneira que os familiares aprendam a ajudar o idoso a ter de volta a sua vida de uma maneira melhor, melhorando a auto-estima e desse modo ajudando a estruturar a família, levando a harmonia através do apoio e cuidados com todos.
Entretanto nem toda a família tem uma estrutura pronta para receber um idoso debilitado, nem todos tem uma família grande, às vezes encontramos idosos que vivem sozinhos, pois não tem a quem procurar, ou não tiveram filhos, ou estão brigados a anos com a família, ou todos já se foram de sua vida. Alguns tem a sorte e formam novos elos, os seus vizinhos , os seus amigos acabam por se tornar o cuidador, aquele que olha com carinho e dá o apoio, porém a falta da estrutura familiar fica como uma marca.

A Saúde Bucal dos Idosos



Como posso manter uma boa saúde bucal na terceira idade?
Se você cuidar bem dos seus dentes e fizer consultas periódicas com seu dentista, os seus dentes podem durar a vida inteira. Independentemente da idade, você pode ter dentes e gengivas saudáveis se escovar pelo menos três vezes ao dia com creme dental com flúor, se usar fio dental pelo menos uma vez ao dia e se for regularmente ao dentista para exames completos e limpeza.

Que informações sobre a saúde bucal um indivíduo da terceira idade deve ter?
Até mesmo quem escova e usa fio dental regularmente, pode ter alguns problemas específicos. Muitas pessoas na terceira idade usam dentaduras, tomam remédios e têm problemas de saúde geral. Felizmente, seu dentista pode ajudar você a encarar estes desafios com êxito quase que garantido.
  • As cáries e os problemas com a raiz dos dentes são mais comuns em pessoas da terceira idade. Por isso, é importante escovar com um creme dental que contenha flúor, usar fio dental todos os dias e não deixar de ir ao dentista.
  • A sensibilidade pode se agravar com a idade. Com o passar do tempo é normal haver retração gengival que expõe áreas do dente que não estão protegidas pelo esmalte dental. Estas áreas podem ser particularmente doloridas quando atingidas por alimentos e bebidas quentes ou frias. Nos casos mais severos, pode ocorrer sensibilidade com relação ao ar frio e a alimentos e líquidos doces ou amargos. Se seus dentes estiverem muito sensíveis, tente usar um creme dental apropriado. Se o problema persistir, consulte o dentista já que esta sensibilidade pode indicar a existência de um problema mais sério, como, por exemplo, cárie ou dente fraturado.
  • As pessoas mais velhas se queixam de boca seca com freqüência. Este problema pode ser causado por medicamentos ou por distúrbios da saúde. Se não tratado, pode prejudicar seus dentes. Seu dentista pode recomendar vários métodos para manter sua boca mais úmida, como tratamentos ou remédios adequados para evitar a boca seca.
  • Enfermidades preexistentes (diabete, problemas cardíacos, câncer) podem afetar a saúde da sua boca. Converse com seu dentista sobre quaisquer problemas de saúde existente para que ele possa ter uma visão completa da situação e para que possa ajudar você de forma mais específica.
  • As dentaduras tornam mais fácil a vida de muitas pessoas da terceira idade, mas exigem cuidados especiais. Siga rigorosamente as instruções do seu dentista e, caso ocorra qualquer problema, marque uma consulta. Os portadores de dentaduras definitivas devem fazer um exame bucal geral pelo menos uma vez por ano.
  • A gengivite é um problema que afeta pessoas de todas as idades e que pode se tornar muito sério, especialmente em pessoas de mais de 40 anos. Vários fatores podem agravar a gengivite, inclusive:
    1. Má alimentação.
    2. Higiene bucal inadequada.
    3. Doenças sistêmicas, como a diabete, enfermidades cardíacas e câncer.
    4. Fatores ambientais, tais como o estresse e o fumo.
    5. Certos medicamentos que podem influenciar os problemas gengivais.
    • Como as doenças gengivais são reversíveis em seus primeiros estágios, é importante diagnosticá-las o mais cedo possível. As consultas periódicas garantem o seu diagnóstico e o seu tratamento precoce. É importante saber que a boa higiene bucalevita o aparecimento de enfermidades gengivais.
  • As coroas e pontes são usadas para reforçar dentes danificados ou substituir dentes extraídos. Uma coroa é usada para recobrir um dente que sofreu perda de substância. Ela fortalece a estrutura do dente e melhora a sua aparência, sua forma ou seu alinhamento. As pontes ou próteses fixas são usadas para substituir um ou mais dentes faltantes e são fixadas nos dentes naturais ou nos implantes situados ao lado do espaço deixado pelo dente extraído.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Quem Morre?



Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê, quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os “is”
em detrimento de um redemoinho de emoções
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa
quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite, pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa todos os dias
queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo
exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.
Existem coisas pequenas e grandes,
coisas que levaremos para o resto de nossas vida.
Talvez sejam poucas, quem sabe sejam muitas,
depende de cada um,depende da vida que cada um de nós levou.
Levaremos lembranças, coisas que sempre serão inesquecíveis para nós,
coisas que nos marcarão, que mexerão com a nossa existência em algum instante.
Provavelmente iremos pela vida a fora colecionando essas coisas,
colocando em ordem de grandeza cada detalhe que nos foi importante,
cada momento que interferiu nos nossos dias, que deixou marcas,
cada instante que foi cravado no nosso peito como uma tatuagem.
Marcas, isso... serão marcas, umas mais profundas,
outras superficiais porém com algum significado também.
Serão detalhes que guardaremos dentro de nós e que
se contarmos para terceiros talvez não tenha a menor importância pois
só nós saberemos o quanto foi incrível vivê-los.
Poderá ser uma música, quem sabe um livro, talvez uma poesia, uma carta, um e-mail,
uma viagem, uma frase que alguém tenha nos dito num momento certo.
Poderá ser um raiar de sol, um buquê de flores que se recebeu, um cartão de natal,
uma palavra amiga num momento preciso.
Talvez venha a ser um sentimento que foi abandonado, uma decepção, a perda de
alguém querido, um certo encontro casual, um desencontro proposital.
Quem sabe uma amizade incomparável, um sonho que foi alcançado após muita luta,
um que deixou de existir por puro fracasso.
Pode ser simplesmente um instante, um olhar, um sorriso, um perfume, um beijo.
Para o resto de nossas vidas levaremos pessoas guardadas dentro de nós.
Umas porque nos dedicaram um carinho enorme, outras porque foram o objeto do nosso amor,
ainda outras por terem nos magoado profundamente,
quem sabe haverão algumas que deixarão marcas profundas
por terem sido tão rápidas em nossas vidas e terem conseguido ainda assim plantar
dentro de nós tanta coisa boa.
Lá na frente é que poderemos realmente saber a qualidade de vida que tivemos,
a quantidade de marcas que conseguimos carregar conosco e a riqueza que cada uma
delas guardou dentro de si.
Bem lá na frente é que poderemos avaliar do que exatamente foi feita a nossa vida,
se de amor ou de rancor,
se de alegrias ou tristezas,
se de vitórias ou derrotas,
se de ilusões ou realidades.
Pensem sempre que hoje é o começo de tudo,
que se houver algo errado
ainda está em tempo de ser mudado e que
o resto de nossas vidas de certa forma ainda está em nossas mãos.

(Pablo Neruda)

Doença de Alzheimer: A Degeneração Cerebral no Idoso



O Alzheimeir é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, caracterizado por início insidioso de demência (redução progressiva da memória e da função cognitiva global, ou seja, deterioração das habilidades intelectuais previamente adquiridas que interfere na atividade ocupacional ou social). A doença é ainda responsável por aproximadamente 65% de todos os casos de demência em adultos.
Introdução

Segundo a médica especialista em neurologia, Dra. Mercês Quintão Fróes, ocasionalmente esta doença afeta pessoas com menos de 50 anos, mas comumente com mais de 65 anos. A prevalência estimada é de cerca de 1 a 6% da população até 65 anos; a prevalência aumenta consideravelmente com a idade, chegando até a 50% das pessoas que atingem os 85 anos de vida. Há uma forma pré-senil, que ocorre entre os 50 e 60 anos e uma forma senil, que inicia mais tarde. Também existe a forma familiar e a esporádica, sendo esta última mais comum.

O aspecto clínico da Doença de
Alzheimer (DA) pode ser razoavelmente variado e está divido em três estágios progressivos - precoce, médio, e tardio - de 2 a 3 anos cada. A característica mais comum é a deterioração progressiva e constante da função intelectual, apesar desta deterioração ser altamente variável. Muitos pacientes experimentam períodos de platô, quando a progressão parece parar. A sobrevida média é de 7-10 anos.
Os distúrbios de memória, explica a neurologista, são os sintomas mais comuns e precoces, porém eles raramente existem isoladamente. A maioria dos pacientes está debilitada em duas ou mais áreas cognitivas. As áreas mais comuns de déficit são: memória (87%) e linguagem (72%), mas os déficits na função visuo-espacial e atenção também são comuns (44%-49%).

Sintomas


A Dra. Mercês Fróes esclarece que a memória, nos casos mais recentes, é a mais precocemente afetada. Geralmente o paciente esquece compromissos, repete perguntas sobre fatos do dia, esquece onde colocou as coisas, etc. Além disso, ele apresenta dificuldade em repetir uma lista de palavras ou reproduzir formas após uma observação rápida. No caso da linguagem, passamos a notar problemas na adequação de palavras, levando a discurso não fluente e "vazio". Em estágios mais avançados, observamos outros déficits da linguagem, além da linguagem expressiva, como: dificuldades na leitura, compreensão, repetição e escrita.

No caso da função visuo-espacial, informa a médica, logo no início da doença, os pacientes apresentam déficits nas tarefas mais complexas (como desenhar a figura de um relógio, por exemplo) e até mesmo na habilidade para desempenhar tarefas menos complicadas, como desenhar uma forma conhecida. Há também desorientação espacial, no início em ambientes novos e depois nos locais familiares.

Existe ainda uma série de mudanças da personalidade e humor, que segundo a médica são sintomas comuns, mas variáveis. Muitas pessoas demonstram acentuação de características da sua personalidade. Outros pacientes experimentam uma inversão da personalidade. Em alguns casos, há desinteresse,
apatia e inibição. Desconfiança e paranóia também podem ocorrer. No início da doença, os pacientes podem apresentar depressão, provavelmente pela percepção de seu próprio declínio. Em geral, eles experimentam afastamento, perda da complexidade e falta de controle. Os pacientes perdem a capacidade de julgamento, geralmente se sentindo muito bem, sem percepção da doença atual. Podem, ainda, apresentar euforia, agitação, andar sem destino, perda da higiene, da iniciativa, emudecimento afetivo.

A neurologista explica ainda que mais tardiamente acontecem problemas com a marcha e até sinais neurológicos conhecidos como extrapiramidais (tremores, rigidez) e mioclonias (movimentos involuntários dos músculos). As crises convulsivas generalizadas podem aparecer em 10% dos casos. No estágio final da doença o paciente fica imobilizado, sem controle das funções do organismo, não se comunica e não consegue deglutir. A morte normalmente ocorre por complicações respiratórias, como aspiração e pneumonia.

Em 10% dos casos ocorrem apresentações clínicas atípicas, com déficits em apenas uma área cognitiva ou paranóia e comportamento bizarro, acrescenta.

Hereditariedade


Segundo a médica, a etiologia e a patogênese da Doença de Alzheimer não são totalmente conhecidas. Este distúrbio pode estar relacionado a múltiplas causas. As causas genéticas já são aceitas, podendo interagir com um ou diversos fatores ambientais e fatores associados à saúde.

Aproximadamente 25% dos pacientes com esta doença têm um parente que já apresentou este tipo de condição. Nestes casos, a doença surge precocemente, entre os 50 e 60 anos de idade. Parece haver relação entre a
Síndrome de Down e a Doença de Alzheimer, com genes ligados às duas doenças estando no cromossomo 21, e sinais clínicos desta doença aparecendo em pacientes com Síndrome de Down que sobrevivam por mais tempo.

A Doença de
Alzheimer é multifatorial. "Está clara a sua associação também à idade, ao envelhecimento cerebral, com possibilidade da interação de fatores tóxicos exógenos (alumínio), endógenos (glutamato), deficiência de fator metabólico intrínseco (fator de crescimento neural), defeitos metabólicos sistêmicos da haste hipotalâmico-hipofisária adrenal, agentes inflamatórios ou infecciosos ("prion") e acúmulo de bAP no cérebro", explica .

Detecção


O diagnóstico da Doença de Alzheimer é feito por exclusão. Nenhum exame isoladamente pode estabelecer o diagnóstico, mas existem 3 princípios básicos para norteá-lo, que são: ocorrência de déficits progressivos na memória e em pelo menos uma outra área cognitiva; os déficits cognitivos gerando um comprometimento significativo das atividades sociais e ocupacionais; e que outras causas possíveis de demência sejam excluídas.

O diagnóstico, informa a especialista, é feito através de uma avaliação clínica, com uma anamnese detalhada e avaliação neurológica (para excluir outras doenças neurológicas), testes neuropsicológicos, avaliação da atividade da vida diária e exames de imagem (tomografia computadorizada e ressonância magnética), além de exames laboratoriais.

Com relação a possibilidade de cura da doença, a médica informa que isto infelizmente ainda não é uma realidade. O diagnóstico preciso e precoce da Doença de
Alzheimer pode proporcionar algum controle dos sintomas e retardar o ritmo de progressão da doença.

Tratamentos


A médica frisa que existem três abordagens básicas para melhorar a qualidade de vida do paciente de Azheimer, retardando sua dependência, desacelerando a deterioração cognitiva, e facilitando a vida do cuidador (aquele que toma conta do paciente).

A primeira delas relaciona-se às medidas psicossociais, com a finalidade de avaliar as atividades do dia-a-dia, promovendo recursos para auto-manutenção física, higiene, atos de vestir, comer, tomar banho e se arrumar. Depois devem ser avaliadas as atividades instrumentais da vida diária, como comunicação, fazer compras, arrumar a casa e se locomover. O "cuidador" do paciente é a pessoa ideal para descrever o seu comportamento. Quando o cuidador é o cônjuge ou outro membro da família, a carga emocional propicia um grande número de transtornos, devido ao grau aumentado de estresse como as doenças físicas, depressão, insônia, perda de peso, abuso de álcool e de medicamentos psicotrópicos, abuso físico e verbal do paciente. Por isto é de grande importância o cuidado com estas pessoas, para que também elas não adoeçam física e emocionalmente. Outros membros da família, amigos, pessoas contratadas e grupos de apoio devem estar envolvidos, reforça a médica.

A segunda medida é a terapia comportamental. O paciente com Doença de
Alzheimer pode desenvolver uma ampla variedade de transtornos comportamentais, que incluem depressão, agitação, alucinação, delírios, ansiedade, violência, insônia, perambulação, que podem causar sofrimento considerável para os membros da família e para quem cuida do paciente, profissionalmente. As abordagens não farmacológicas devem ser buscadas antes da terapia medicamentosa. Entre elas, podemos encontrar atividades simples, que ocupem o tempo e tragam satisfação e bem-estar, como se sentar à mesa, tirar o pó da casa e uma variedade de atividades manuais, além de promover reuniões sociais, evitar cochilos durante o dia, usar o banheiro antes de deitar, manter ambiente calmo, evitar confronto com o paciente. Tudo isto preenche a sua vida e promove um sono noturno mais tranqüilo.

A terceira abordagem é o tratamento medicamentoso da demência. Este já foi tentado de várias formas, no início com vasodilatadores e medicamentos neurotrópicos.

No entanto, não há evidências de que tenham sido úteis. Como a fisiopatologia mais bem caracterizada na Doença
Alzheimer é a múltipla redução de neurotransmissores, a elevação do nível destas substâncias deveria proporcionar alívio sintomático.

O sistema de neurotransmissor mais consistentemente envolvido é o colinérgico, sendo as primeiras tentativas de tratamento realizadas no sentido de aumentar a carga destas substâncias. Depois se tentou utilizar medicamentos agonistas diretamente em receptores chamados de muscarínicos.

Uma terceira estratégia, instituída mais recentemente, tem sido a utilização de inibidores da colinesterase para reduzir o
metabolismo da acetilcolina (Ach), elevando seus níveis nas sinapses (junções dos nervos com as outras estruturas).

Acredita-se que o ritmo de deterioração do paciente seja reduzido com o uso de medicamentos inibidores da colinesterase, quando utilizados na DA leve a moderada. As avaliações em longo prazo são, obviamente, demoradas e de difícil adesão, porém o maior conhecimento das causas da doença e estes avanços farmacológicos criaram um ponto de esperança no controle desta temida patologia.

"Continuam nossas esperanças em novas experiências com drogas que tenham o poder de prevenir o início da doença ou de interromper a sua progressão. Alguns destes agentes já se encontram em experimentação. A terapia genética se vislumbra como uma possibilidade para o futuro", finaliza a especialista.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

SUS facilita venda de medicamentos para idosos



A partir de agora, eles não precisam mais ir pessoalmente às farmácias com selo do Ministério da Saúde para comprar remédios. Parentes e amigos podem levar uma procuração

A partir de agora, os idosos não precisam mais sair de casa para ter acesso aos medicamentos oferecidos pelo Programa Farmácia Popular do Brasil. Em vez de ir pessoalmente às unidades de venda, quem tem 60 anos ou mais pode assinar uma procuração para que qualquer pessoa compre os remédios, em seu nome, nas 8.428 farmácias particulares com o selo Aqui tem Farmácia Popular. As mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (17).

Antes, menores de dezesseis anos e pessoas com deficiência mental já podiam enviar representantes para comprar os medicamentos. O diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento, observa que a ampliação do benefício segue os princípios do Estatuto do Idoso, ao contribuir com a garantia do direito à saúde. “Há idosos que, muitas vezes, têm dificuldade para se locomover. Ao facilitar o acesso aos medicamentos, humanizamos o atendimento no SUS. Qualquer parente ou amigo poderá ir às unidades”, afirma o diretor.

Para comprar os remédios no lugar do idoso, a pessoa deverá levar, além da procuração reconhecida em cartório, a receita médica (de unidade de saúde pública ou privada), os documentos de identidade e CPF próprios e os do paciente. As prescrições médicas têm validade de 120 dias a partir da emissão - com exceção dos contraceptivos, cuja validade é de 12 meses.

PROGRAMA – Criado em 2004, o Programa Farmácia Popular do Brasil amplia o acesso da população aos medicamentos essenciais por meio da redução de custo desses remédios. A rede Farmácia Popular vende 107 itens, além do preservativo masculino, para as doenças mais comuns na população brasileira, como hipertensão e diabetes. Outro foco é a venda de anticoncepcionais. Os medicamentos dessa rede são destinados principalmente às pessoas que não têm condições financeiras de pagar pelo produto e, por isso, muitas vezes interrompem o tratamento.

O Programa funciona por meio das Unidades Próprias (em parceria com estados e municípios) e do Sistema de Co-Pagamento, lançado em 2006 e desenvolvido com drogarias privadas. Nas Unidades Próprias, a população tem acesso aos remédios pelo preço de custo, o que representa uma redução de até 90% no valor em comparação com farmácias e drogarias particulares.

No Sistema de Co-Pagamento, o governo paga uma parte do valor dos medicamentos e o cidadão paga o restante. O valor pago pelo Ministério da Saúde é fixo e, por isso, a população pode pagar menos para alguns remédios do que para outros, de acordo com a marca e o preço cobrado pela farmácia. Mas, em geral, o cidadão também tem desconto de até 90% nessas unidades, reconhecidas pela marca Aqui tem Farmácia Popular.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sim! Nós brasileiros estamos envelhecendo



Nós brasileiros estamos envelhecendo. Não se trata de especulação, é um fato, os números estão aí para comprovar que não somos mais um país jovem. E a mídia não nos deixa esquecer que num futuro muito próximo seremos muitos e tomados por questões inquietantes que preocupam: teremos cuidados apropriados e suficientes para uma caminhada rumo à uma velhice tão longa, que durará tantos anos?
Segundo reportagem de Cleide Carvalho: "a cada ano, 1,1 milhão de brasileiros chegam aos 60 anos, fronteira para o início do envelhecimento. Dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) das Nações Unidas indicam que, daqui a 40 anos, a população idosa brasileira vai aumentar em 45 milhões de pessoas, das quais 15 milhões terão mais do que 80 anos. Atualmente, apenas 2,8 milhões de brasileiros já passaram da casa dos 80".
Não faltam projeções, estudos, cálculos, estatísticas para tornar o cenário mais alarmante do que já é. Viveremos num futuro bem próximo o chamado "Old Boom", lembrando o falecido efeito "Baby Boom", um termo que se popularizou no pós Segunda Guerra Mundial, quando houve um aumento importante da natalidade nos Estados Unidos. Mas um país invadido por crianças e jovens soa como algo agradável em representações de um potencial sem limites. Já a simples ideia de uma invasão de velhos, denuncia preocupação e alerta de perigo iminente.
Paulo Saad, chefe da Divisão de População da Cepal (Celade/Cepal), resume a situação:
É como se fosse uma Argentina inteira com mais de 60 anos. Ou um Chile com mais de 80. É preciso se acostumar com a ideia de que esta é uma sociedade que está envelhecendo.
Diante de uma perspectiva alarmante deste envelhecer de todos nós, numa verdadeira "explosão de velhos", é lógico que a mídia alerte incessantemente sobre a urgência de medidas preventivas num modo diferente de viver que, com certeza, exigirá cuidados específicos em vários setores, antes passados despercebidos pela população e governo.
"Essa mudança causa impacto nos sistemas de saúde e previdência e também nas próprias cidades. Nas grandes metrópoles, sequer o tempo de travessia de ruas nos semáforos é adequado aos pedestres, muito menos a quem se locomove de forma mais lenta que o normal", alerta a reportagem de Carvalho.
A pesquisadora do Laboratório de Informações em Saúde (LIS/ICICT/Fiocruz), Dália Romero afirma que "Morrer hoje antes de 74 anos é uma morte prematura. A sociedade já compreende que tem condições de viver bem até essa idade." A questão, segundo a especialista "é que ninguém está acostumado a falar em morte prematura de idoso, é um preconceito e um desconhecimento."
Se vivemos mais, que seja, então, com boa qualidade de vida. Em função disto, campanhas voltadas para os idosos são fundamentais e muito bem-vindas. Um exemplo é a vacinação contra a gripe. Segundo a matéria de Carvalho, "para os especialistas, o país precisa urgentemente de novas campanhas de controle de doenças crônicas voltadas a este público".
Faltam profissionais qualificados
Na reportagem "Geriatria No Brasil - Cursos e Pós-Graduação em Geriatria/Gerontologia" vinculada no jornal "Bom Dia Brasil" da Rede Globo, o problema da profissionalização é ressaltado: "O Brasil tem 1 geriatra para cada 5 mil idosos, o recomendado segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria é de 1 geriatra para 1 mil idosos. Por que faltam geriatras no Brasil?
Se pensarmos que uma consulta no consultório dura, por volta de uma hora e trinta minutos e, outras tantas horas em atendimento fora do consultório, é possível entender as razões da especialidade não ser a mais procurada pelos profissionais da medicina. Sílvia Pereira, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia confirma: "as universidades brasileiras sequer formam geriatras em número suficiente para atender a demanda de pacientes. Temos hoje, no país inteiro, apenas 984 geriatras, muito aquém da necessidade.
Apenas 50 médicos por ano se especializam nesta área.
"Na avaliação dos especialistas, o Brasil está envelhecendo em 30 anos o que a Europa demorou um século. Por isso, tem de pensar e agir com mais rapidez. Solange Kanso, do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), lembra que em 2040 o país terá 56,7 milhões de idosos. Em número absoluto, é mais que o dobro da quantia atual. Quem vai cuidar destas pessoas?" - indaga Kanso.
Teremos instituições de longa permanência suficientes, acessíveis financeiramente à população idosa e com adequada qualidade nos serviços? Pelo que se vê atualmente, a carência de locais deste tipo é enorme e mais uma vez a família fica e ficará cada vez mais sobrecarregada com obrigações, deveres e culpas num cuidar tão delicado.
Taís de Freitas Santos, representante auxiliar do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil alerta: Se não houver políticas públicas para cuidado com idosos, o Brasil terá pessoas idosas cuidando de idosos mais velhos ainda. Pessoas com 70, 80 anos estão cuidando de pessoas com 100, pois o grupo dos centenários também aumenta.
O mercado de trabalho também sofrerá modificações profundas na sua estrutura, afirma Carlos Eugênio de Carvalho, demógrafo da Fundação Seade, responsável pelas pesquisas populacionais do governo de São Paulo: O processo de envelhecimento não tem volta. Não haverá espaço para preconceito. As pessoas mais velhas terão de ser qualificadas para as inovações tecnológicas e a dinâmica do emprego será modificada. Haverá reflexos no lazer, no consumo e na mobilidade.